Exemplo de doping

Exemplo de doping
Alguns exemplos do doping

segunda-feira, 13 de junho de 2011

DOPING: CORRECTO OU INCORRECTO? VOLUNTÁRIO OU NECESSÁRIO?

Será que utilizar o doping como meio de obtenção de resultados é correcto? Esta é a questão, e a resposta é pura e simplesmente NÃO. O nosso grupo é unânime em considerar que a prática do doping não deve ser utilizada, e isto deve-se essencialmente devido a dois problemas que levanta:
- o doping vai contra a máxima do desporto que é “o mais importante é participar, não é ganhar”. O doping visa apenas o resultado, ignorando completamente a ética do desporto. Além disso, todos os atletas devem partir em iguais condições para todos as competições. O uso de doping dá uma vantagem injusta a quem o utiliza, até porque o que se quer avaliar numa competição desportiva não é qual o atleta com mais dopantes, mas sim o melhor atleta numa determinada disciplina...
- o doping é uma prática altamente perigosa. Infelizmente (ou não) quase todas as técnicas dopantes apresentam perigos para saúde humana, o que só por si devia ser suficiente para dissuadir os desportistas de a usar.
Outro problema que se levanta muitas vezes é o facto de os desportistas serem quase “obrigados” a usar doping. Muitas vezes um atleta, mesmo sabendo que é o melhor no desporto que pratica, tem demasiadas pressões sobre ele: pode ser um atleta novo que precisa de ganhar uma determinada competição para obter um contracto, um atleta em fim de carreira que já não consegue as proezas físicas de quando era mais jovem, um atleta que vem duma lesão grave... Enfim, muitas vezes acontece que é a necessidade e a pressão que levam certos atletas a usar técnicas dopantes, e a necessidade é algo muito difícil de combater.
De qualquer forma, nos deixamos aqui o nosso apelo antidoping, devido às razões acima mencionadas. Gostávamos também de salientar que o doping e os métodos antidopantes estão em constante progressão. Hoje em dia já existem técnicas de detecção de dopantes avançadas, mas visto estas técnicas serem sempre em resposta ao aparecimento de certas substâncias, quando tais procedimentos são adoptados, já a substância dopante foi largamente utilizada. Destacamos por exemplo o DMT, um esteróide sintético que o corredor dos 100 e 200 metros Kelli White admitiu utilizar e sobre o qual não existem medidas antidoping...
Por fim gostávamos de falar dalguns casos famosos de atletas que usaram a prática do doping:
- Por volta do século VIII a.C. os atletas olímpicos da Grécia comiam testículos de carneiro, fontes de testosterona. Por volta de III a.C. sabe-se que também já tomavam cogumelos alucinógenos, que possuem propriedades estimulantes.
- Em 1904 Thomas Hicks ganhou a maratona de St. Louis depois de tomar conhaque e estricnina.
- Em 1967 Tom Simpson desmaiou durante a volta França, morrendo antes de chegar ao hospital de helicóptero. Foram encontrados 2 tubos de anfetaminas cheios mais um vazio no seu fato de treino...
- Nos jogos olímpicos de verão de 1988 Ben Jonhson ganhou a medalha de ouro, tendo sido apanhado a tomar esteróides anabolizantes, hormona do crescimento humano, entre outras coisas. Devido a este acontecimento a medalha de outro foi entregue a Carl Lewis, que mais tarde foi acusado de também ter usado drogas, acabando também ele por perder a medalha de ouro.
- Durante as décadas 70 e 80 os países da antiga URSS foram acusados de várias práticas antidoping, confirmadas anos mais tarde quando alguns documentos foram encontrados relativamente a esse assunto. Pensa-se que, de entre as práticas usadas, as nadadores femininas da URSS foram masculinizadas, assim como a maior parte dos desportistas que precisavam de massa muscular tomaram esteróides anabolizantes; também se pensa que em categorias como a ginástica, as atletas femininas tinham a sua puberdade retardada de forma a terem menos massa óssea e como tal, menos peso.
- Em 1998 a equipa de ciclismo Festina foi excluída depois de terem sido encontradas várias drogas dopantes num carro da equipa.
- Roberto Heras, vencedor da Volta a Espanha em 2005, perdeu o seu título e foi suspenso por 2 anos depois de acusar EPO.
- Em 2006 alguns companheiros de Lance Armstrong, vencedor 7 vezes consecutivo da Volta à França, admitiram tomar EPO. Durante a pré-época cerca de um litro de sangue enriquecido com glóbulos vermelhos devido a EPO era recolhido, sendo meio litro injectado antes do início da época e o outro meio litro a meio da Volta, quando o cansaço se começasse a notar. Depois disso houve várias acusações a Armstrong, nomeadamente pelo facto de ele ter usado o pretexto do cancro nos testículos para tomar ou encobrir drogas ilegais.
- Em 2006 o ciclista Floyd Landis foi acusado por apresentar um ratio testosterona/epitestosterona muito elevado. No entanto, parece que o ciclista apresenta deficiência nos níveis de epitestosterona. A decisão de lhe retirar o título está neste momento por decidir.
- Ainda no mesmo ano, a equipa de ciclismo Liberty Seguros teve o seu director geral e outros funcionários presos depois de um alegado escândalo de doping.
Este são apenas alguns dos muitos casos de doping registados. Até entre nós, mesmo em Portugal, existem casos de doping. Por exemplo, podemos salientar o caso do Nuno Assis, do Abel Xavier ou do Fernando Couto, jogadores de futebol apanhados a usar substâncias dopantes.
Para terminar deixamos a nossa esperança de que no futuro, e com o avanço da genética, seja possível, através do código genético de cada um, perceber facilmente que tipo de doping os atletas estão a usar com uma simples análise de sangue, acabando de vez, ou pelo menos reprimindo grandemente, qualquer tipo de doping. É de notar que já existem avanços neste campo, nomeadamente em exames antidoping para a EPO.
 

De entre os principais esteróides anabolizantes temos:

Nome Genérico
Nome Comercial
Formu-lação
Aromati-zação
Anabólico
Andro-gênico
Hepato-toxidade
Androisoxazol
Neopondren
Neoponden
Comprimi-dos 5 mg
Mínima
Bastante
Pouco
Sim
Androstano-lona
Androlone
Neodrol
Anabolex
Anaprotin
Protona
Oral
(10-25mg)
Injetável
(100mg/ml)
Não
Bastante
Pouco
Pouca
Boldenona
Equipoise Parenabol
Injetável
(50 mg/ml)
Pouca
Bastante
Médio
Pouca
Etilestrenol
Durabolino
Maxibolin
Orabolin

Oral
(2 mg)

Pouca
Pouco
Pouco
Bastante
Fluoximes-terona
Halotestin
Oral
(5 mg )
Bastante
Bastante
Bastante
Bastante
Mesterolona
Androviron
Proviron
Oral
(25 mg/ml)
Não
Bastante
Médio
Pouca
Metandie-nona
Danabol
Dianabol
Oral
(5 mg )
Pouca
Bastante
Pouco
Bastante
Metenolona
Primobolan
Primonabol
Oral
(5 mg)
Injetável
Não
Bastante
Pouco
Pouca
Nandrolona
Deca-durabolin
Injetável
Pouco
Bastante
Pouco
Pouca
Oxandrolona
Anavar
Lipidex
Oral
(2,5 mg )
Pouco
Bastante
Pouco
Bastante
Oximetolona
Hemogenin
Oral
(5 e 50 mg)
Pouco
Bastante
Pouco
Bastante
Stanozolol
Winstrol
Stromba-jet
Oral
(2 e 5 mg )
injetável
(25 mg/ml )
Pouca
Bastante
Pouco
Bastante
Testosterona Cristalina
Durateston
Oral e
Sublingual
Média
Bastante
Bastante
Não
Trembolona
Parabolan
Injetável
Pouco
Bastante
Pouco
Pouca

segunda-feira, 30 de maio de 2011



Alguns atletas de alta competição consomem e injectam várias substâncias ilegais 


Betabloqueadores: Os betabloqueadores são remédios que baixam a pressão sanguínea. Actuam no sistema cardiovascular, diminuindo o número de batimentos do coração. Ajudam em categorias que exigem precisão, como o arco e flecha e o tiro.

Diuréticos: Os diuréticos são usados pouco antes das provas para desidratar o organismo e diminuir o peso dos atletas. Atletas de boxe, luta, judo e halterofilismo podem usar a substância para atuarem em categorias de peso inferior ao seu. Também são usados para mascarar outras drogas usadas por atletas.

Estimulantes: Os estimulantes agem direito no sistema nervoso, fazendo o atleta ficar mais excitado. A cafeína é o exemplo mais comum. Os velocistas de  conseguiram melhorar seus tempos com esse tipo de substância. Porém, a FIFA passou a liberar a cafeína, retirando a mesma das substâncias dopantes em 2007.

Injecção de sangue: Alguns atletas injectam até um litro de sangue pouco antes da competição. A transfusão aumenta a quantidade de glóbulos vermelhos, melhorando a capacidade de circulação de oxigénio entre as células até 5%.

Narcóticos: Os narcóticos não são usados para melhorar o desempenho, mas para aliviar a dor. São empregados em quase todas as modalidades, por exemplo, no ciclismo, para diminuir a resposta do organismo à dor devida a um esforço físico excessivo e no pugilismo, para que o atleta possa continuar lutando após sofrer uma lesão.  As substâncias mais utilizadas dessa classe são a morfina e seus derivados. Outra substância bastante consumida pelos atletas é o álcool,  utilizado como ansiolítico (para diminuir a ansiedade) e como fonte de calorias. Alguns atletas ingerem bebidas alcoólicas com a intenção de aumentar a autoconfiança e a resposta psicomotora,  mas vários estudos comprovam que o desempenho acaba diminuindo com essa atitude. O uso de álcool no exporte é lícito, contudo pode ser passível de controle a pedido das Federações.

Esteróides anabolizantes: São hormonas sintéticas que quando comparados à testosterona  (hormonas masculinas naturais), têm maior actividade anabólica (promovem crescimento).  Geralmente são usados por via oral ou parenteral (por injecção). Alguns usuários fazem abuso de preparações farmacêuticas disponíveis para uso veterinário.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

"Jogo Sujo" (Reportagem)

Também no futebol o ano de 2009 ficou marcado pela palavra doping, não por algum controlo positivo em particular, mas antes pelas revelações bombásticas do antigo internacional português Fernando Mendes. No livro “Jogo Sujo”, ainda que sem denunciar nomes de personalidades ou clubes, Mendes revela que o consumo de produtos dopantes era prática comum na altura em que jogava futebol. Ao longo das páginas da obra, o ex-futebolista confessa como tudo se processava: “No meu tempo, o doping era tomado de duas formas: através da injecção ou por recurso a comprimido. Podia ser antes do jogo, no intervalo, ou com a partida a decorrer, no caso daqueles que saíam do banco (…) A injecção tinha efeito imediato, enquanto que os comprimidos precisavam de ser tomados cerca de uma hora antes do jogo”.Fernando Mendes denuncia ainda ter tomado “Pervitin,
Centramina, Ozotine, cafeína, entre muitas outras coisas das quais nunca soube o nome “e que, apesar de todos os atletas saberem que estavam a consumir doping , nunca viu “um único colega insurgir-se perante esta situação”. No “Jogo Sujo” é ainda mencionado que muitas vezes os produtos eram testados em juniores: “Estava ali para servirem de cobaias e novas dosagens (…) Diziam-lhes que eram vitaminas e que a urina era para controlo interno”. Fernando Mendes revela também que eram os médicos da própria equipa a sortear os atletas que iriam aos controlos anti-doping. Todavia, as bolas que continham os números dos atletas eram forjadas: as esferas correspondentes aos jogadores que haviam tomado doping eram arrefecidas previamente, para que o clínico as “reconhecesse” e assim, não as seleccionasse.
Fonte: Revista Ciclismo a fundo 
Video sobre o controlo da dopagem.

JOGADOR DE TENIS SUSPENSO

Wayne Odesnik suspenso dois anos por posse de dopantes

 A Federação Internacional de Ténis (ITF) puniu Wayne Odesnik com uma suspensão de dois anos. O norte-americano, de 24 anos, fora condenado por um tribunal de Brisbane por ter tentado levar para a Austrália hormona de crescimento (hGH) quando viajou para participar num torneio.

 A suspensão vigorará entre 29 de Dezembro de 2009 e 28 de Dezembro do próximo ano, o que significa que todos os resultados obtidos desde a primeira data serão anulados, com destaque para o torneio de Houston (EUA), onde chegou às meias-finais.

 Odesnik, actualmente no 186º posto do ranking mundial, foi detido a 2 de Janeiro, pelas autoridades aduaneiras da Austrália, quando tentava entrar no país com oito frascos de seis miligramas de hGH. O norte-americano foi condenado por um tribunal de Brisbane por importar esta substância controlada e teve de pagar 6198 euros de multa, incluindo custas judiciais.

 O tenista argumentou publicamente que levou hGH porque lhe terá sido recomendada para tratar uma lesão. Mas Odesnik não tinha qualquer autorização terapêutica nem sequer a Agência Mundial Antidopagem permite usar esta substância como tratamento regular para problemas físicos.









terça-feira, 24 de maio de 2011

O que é o doping?

  O doping é a utilização de substâncias ou outros meios destinados a aumentar artificialmente o rendimento, tendo em vista a competição, e que podem trazer prejuízos à ética desportiva, à integridade física e psíquica do atleta. O doping pode ainda ser considerado como a ingestão de substâncias que fazem parte da lista de produtos proibidos pelo Comité Olímpico Internacional.